Um Beijo Antes de Morrer

Título Original: A Kiss Before Dying
Gênero: Suspenser, Noir
Ano: 1991
Classificação: 5
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix

Jonathan Corliss (Matt Dillon) é um jovem estudante que tem como plano se casar com a filha de um milionário para crescer na vida. Ao engravidar sua namorada, ele teme que isso possa ser visto com maus olhos pelo pai dela, ele então forja um suicídio para ela e logo em seguida se aproxima da irmã da vítima para manter suas chances de integrar a rica família.

O filme conta com um enredo bem curioso de um garoto que cresceu em um lugar humilde e ambiciona construir uma carreira de sucesso, após ser formar na universidade ele é pressionado por sua mãe, pois já está em casa a mais de quatro meses sem inserir no mercado de trabalho, mas na verdade ele tem um plano sendo arquitetado para seduzir a filha do milionário Thor Carlsson (Max von Sydow). No longa temos uma ótima performance do ainda jovem Matt Dillon, que contracena com Sean Young que interpreta o papel das duas irmãs. Apesar de contar uma história intrigante o filme tem sérias lacunas no roteiro que acabam o prejudicando.

A má interpretação de Sean Young como as irmãs Ellen e Dorothy Carlsson também é nítida, bem fora de sintonia com Matt Dillon, mas é relevável porque o filme em si consegue prender atenção, mas o grande problema aqui são as grandes lacunas na história, o filme passa por meses e até mesmo um ano, sem mostrar como Jonathan se aproxima das irmãs Carlsson, incomoda bastante ele simplesmente já aparecer íntimo de Ellen, o que de forma inevitável irá te fazer levantar inúmeros questionamentos no desenvolvimento do longa. O filme é bem corrido em momentos cruciais onde deveria trabalhar na construção dos personagens.

Apesar dos problemas o filme apresenta uma atmosfera bem interessante lembrando bastante os trabalhos consagrados do mestre do suspense Alfred Hitchcock, um dos motivos que te prendem a frente da telinha, até porque o diretor James Dearden que também dirigiu o suspense de sucesso “Atração Fatal” nos cede informações importantes, o fato de o tempo todo o telespectador saber que Jonathan é um psicopata, mas os personagens em sua volta não é um bom ponto positivo. Esta manipulação é bem legal e nos leva a ter expectativas sobre seus próximos passos.

Com uma boa vista grossa em relação aos erros apontados e algumas ações questionáveis ao longo do filme, o longa ainda sim consegue proporcionar uma boa diversão, ele realmente consegue criar um bom clima de tensão e se você procura um filme que vai prender sua atenção, este poderá cumprir esse papel.