Um Segredo Entre Nós

Nome Original: Fireflies in The Garden
Gênero: Drama
Ano: 2008
Classificação: 8
País: Estados Unidos
Plataforma: Amazon Prime

Crítica

Ah, os casos de família… Filmes que retratam os bastidores de famílias pseudo-tradicionais costumam ser tocantes, exemplos recentes como “Bar Doce Lar” (2021), são provas de que esse tipo de filme sempre vai trazer algum ponto em comum com a nossa vida, e quando isso acontece, lágrimas rolam.

“Um Segredo entre Nós” é uma pérola escondida no desafiador catálogo da Amazon Prime que data do ano de 2008 e carrega aquele tal gatilho de elenco, tendo como principais artífices Ryan Reynolds, Willem Dafoe, Emily Watson, Julia Roberts e Carrie-Anne Moss, fora figuras conhecidíssimas do grande público como Hayden Panettire e Ioan Gruffudd.

O filme retrata a difícil infância de Michael Taylor (Ryan Reynolds), sempre perseguido pela dura criação de seu pai Charles Taylor (Willem Dafoe) e a passividade de sua mãe Lisa Taylor (Julia Roberts), que tolera o comportamento sisudo do marido. Escritor, o chefe da família passa por pressões editoriais, que acabam refletindo em seu comportamento dentro de casa.

Michael, que também seguiu a profissão de escritor assim como o pai, desenvolve uma relação de amizade com a sua tia Jane Lawrence (Emily Watson), pouco mais velha que ele, que está sempre tentando fazer a vida de seu sobrinho parecer melhor. Anos mais tarde, Michael resolve escrever o livro “Fireflies in the Garden” em que contaria, de forma velada, sem citar nomes, a história de sua vida, e das pessoas que fizeram parte dela, mesmo que as histórias possam facilmente serem associadas à sua família.

Nesse meio tempo, um acidente terrível acontece e, a partir daí, vários segredos vêm à tona, mostrando que mesmo aquelas pessoas mais confiáveis, podem guardar segredos e esconder histórias que até Deus duvida. 

O filme foca nos comportamentos e na fragilidade do ser humano em relação ao respeito, amor e desejo, mas também abre a possibilidade da reavaliação de eventos do passado, em descobrir que nem tudo foi tão ruim quanto hoje pareceu. Há uma bela evocação à possibilidade que as pessoas têm de mudar, de virar a chave, e se tornar alguém melhor, mesmo tendo cometido sérios erros no passado.

A produção tem um final marcante que traz um turbilhão de sentimentos e emoções, que podem deixar o espectador confuso sobre o que pensar a respeito de cada personagem envolvido na trama.

Com fotografia bela e uma boa cadência que funde os acontecimentos do passado com os do presente, o filme é uma boa oportunidade de reflexão sobre nossos comportamentos e de como eles podem afetar as pessoas em nosso entorno.