Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Nome Original: Doctor Strange in the Multiverse of Madness
Gênero: Ação, Aventura, Terror, Suspense, Filmes de Heróis
Ano: 2022
Classificação: 8
País: Estados Unidos
Plataforma: Cinema

Crítica

Já foi o tempo em que eu me deixava levar pelo hype e pelas (muitas) especulações e informações desencontradas cada vez que um filme do MCU está para ser lançado. Tudo bem, tem uma galerinha que vive disso, fora que também são fãs, e acabam criando altas teorias, muitas delas sem qualquer sentido.

Em “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, criaram uma lista enorme de possíveis participações especiais, algumas delas dadas como certas para figurarem no filme, mas o que vimos de verdade foi um número (acertadamente) reduzido de participações e, cá pra nós, elas decepcionaram. 

Mantendo o nosso lema de “críticas sem spoilers”, posso dizer que a Marvel conseguiu realizar pelo menos dois sonhos dos fãs de quadrinhos, trazendo dois grandes personagens: Patrick Stewart como Professor Xavier (isso está no trailer) e, pela primeira vez, ouvir o nome de seu grupo em um filme do MCU. Já o outro vocês terão que ver o filme para saber.

Mas a expectativa e as especulações acabam prejudicando muito a experiência do filme, bem como os malditos spoilers que chegam até você por um amigo no Whatsapp, redes sociais ou até por uma inconcebível thumb no Youtube. Que saco! Isso tá ficando chato demais!

Agora falando sobre o filme, eu nem ligo de me repetir dizendo que a Marvel inovou novamente, porque isso é a pura verdade! Doutor Estranho é um filme pesado, com mortes impactantes, sangue e terror, muito terror! Sam Raimi conseguiu trazer para o filme um pouco do horror oitentista, com cenas assustadoras, de causar frio na espinha. “Ah, não senti medo nenhum…”, alguns vão falar isso, lógico que não é exatamente um filme de terror, mas a atmosfera é sim assustadora, envolta de espíritos, ossos craquelando e uma agonia aterrorizante.

Dê os créditos por isso à maravilhosa Elizabeth Olsen, a Wanda Maximoff, que transita entre a mãe boazinha e a vilã mais perigosa de todo o multiverso. Ela se tornou alguém muito má que, assim como nos quadrinhos, tem o poder supremo e destruidor, capaz de aniquilar grupos bem rápido, como o fez contra os Vingadores na saga A Queda (2004), também com a maternidade como justificativa.

Benedict Cumberbatch, o Doutor Estranho, é outro que nasceu para atuar, e jamais poderá ser substituído no papel do poderoso mago, entre sua paixão eterna e multiversal por Christine Palmer (Rachel McAdams), e o ofício de salvar “os mundos”, ele encarna um personagem cheio de culpa, que se vê na obrigação de arrumar as coisas.

O núcleo principal é preenchido pelo ótimo Mago Supremo Wong (Benedict Wong) e por America Chavez (Xochitl Gomez), personagem capaz de viajar pelo multiverso e que provavelmente será muito importante para o MCU, que agora até poderia se chamar “Multiverso Cinematográfico da Marvel”.

“Doutor Estranho” tem alguns erros, às vezes é over demais, mas dentro de um contexto faz sentido. Acredito que isso não vai atrapalhar quem ainda não assistiu ao filme, mas há uma cena de “guerra de notas musicais” que me incomodou bastante, assim como, novamente falando, as participações especiais que foram nada além do que fanservice.

O filme deixa brecha para o futuro de Wanda no MCU, além de dar o pontapé inicial para a terceira sequência de Dr. Estranho. Ah, antes que eu me esqueça, o último pós-crédito é bobo, mas deliciosamente genial!