Stan e Ollie – O Gordo e o Magro

Nome Original: Stan e Ollie
Gênero: Drama, Biografia
Ano: 2018
Classificação: 8
País: Grã-Bretanha, Estados Unidos
Plataforma: Netflix

Crítica

Stan Laurel e Oliver Hardy formaram uma dupla de muito sucesso durante as décadas de 1920 e 1930, iniciando a carreira no cinema mudo e adentrando na chamada Era de Ouro de Hollywood, participando de programas de TV, cinema e teatro.

O filme Stan e Ollie, dirigido por Jon S. Braid, flagra a dupla em seu período final, quando já não tinham muito apelo com as grandes produtoras e empresários e precisaram unir forças e se reinventarem como dupla para voltarem a fazer shows.

Uma turnê na Grã-Bretanha em 1953 recoloca a dupla lado-a-lado, passando por momentos de pura superação, enfrentando hotéis baratos, viagens cansativas e teatros vazios, além de transitarem por momentos de admiração mútua e conflitos internos.

Emocionante, o filme reabre algumas feridas no relacionamento entre Stan e Oliver, principalmente por Oliver Hardy (o Gordo), ter trabalhado sem o seu companheiro em determinado momento da carreira, fato que Stan Laurel (o Magro) nunca superou.

O trabalho de caracterização dos personagens é incrível, e como se isso não bastasse, ainda precisaram envelhecer mais os personagens a partir de suas feições do início do filme. Somem-se a isso as belíssimas tomadas que mostram esquetes da dupla, cantando, dançando e apresentando números engraçadíssimos.

Um parágrafo à parte para a atuação de Steve Coogan como Stan Laurel, que consegue reproduzir todos os trejeitos do Magro, incluindo as indefectíveis expressões faciais do ator. John C. Riley interpreta Oliver Hardy, e a sua caracterização é o ponto máximo do filme, tanto que o ator ficou irreconhecível como o Gordo, e dá um show de interpretação, vale ressaltar que o papel ainda exigiu dele a interpretação da fase em que Oliver adoeceu, e ele o fez com maestria.

O filme passa muito rápido pela fase em que a dupla estava no auge, se concentrando no momento final da carreira dos comediantes. Trata-se de um trabalho brilhante, que não chega a ser completamente uma biografia, mas um recorte bastante emotivo que ajuda a exaltar a genialidade dessa querida dupla, sendo também mais um testemunho de um fato que assola a carreira de muitos artistas que vão do estrelato ao esquecimento em pouco tempo.

Se você é uma pessoa emotiva, se prepare para derramar algumas lágrimas, mas não deixe de assistir esse trabalho que é impecável e emocionante.