Rua do Medo: 1666 – Parte 3

Ano: 2021
Gênero: Terror
Classificação: 6
País: EUA
Plataforma: Netflix

Terceira parte da ambiciosa trilogia da Netflix, baseada na obra de R.L. Stine, este filme completa a saga que envolve a bruxa que vem tirando a paz da amaldiçoada população de Shadyside.

Quando a trilogia foi anunciada, confesso que fiquei muito interessado em ver como seria a adaptação dos cenários, trajes e do próprio vilarejo em 1666. No entanto, o filme não dá mergulho profundo nessa questão, mas consegue caracterizar bem os personagens.

A diretora Leigh Janiak preferiu contar a história utilizando os mesmos atores que participam das partes anteriores, muito embora os personagens fossem, logicamente, pessoas diferentes lá no século XVII. Isso me desagradou bastante, ficou confuso e, se você não estiver bem atento à trama, vai se perder.

Falando nisso, como já disse no texto sobre o filme anterior, quem quiser se aventurar na saga Rua do Medo, não assista aos filmes em um intervalo de tempo muito esparso, para que a história possa ser consumida de forma fluída.

No geral o filme visa desvendar o mistério maior dessa trilogia, ou seja, quem foi essa bruxa em vida? Por que Shadyside e os seus moradores foram amaldiçoados? Como se faz para dar um basta nisso tudo?

A explicação é legal, convence. Mas após a descoberta do maior segredo da cidade, o filme cai em um clichê de filmes de suspense, não que isso seja ruim, mas penso que uma trilogia que foi ventilada com tanta energia pela plataforma de streaming, e que consumiu tanto do nosso tempo, poderia ter se resolvido de maneira mais interessante. No fim ficamos meio com cara de bobo pensando: era só isso?

De todo modo, Rua do Medo não deixa de ser um marco nesse tipo de produção, e tem o saldo final positivo, principalmente se você não deixar o seu lado exigente falar mais alto do que o seu lado pipoca.