Obsessão

Ano: 2015
Gênero: Drama, Romance
Classificação: 5
País: Holanda
Plataforma: Amazon Prime

Vamos de filme holandês? Em Obsessão, nome em português péssimo, diga-se de passagem, uma família holandesa se muda para uma casa deixada como herança pela mãe da protagonista (Simone), mas ao chegar à casa, a família descobre que a nova residência necessita de uma grande reforma. A relação marido e mulher, que deveria melhorar por conta da mudança de lar e país, acaba esfriando, quando surge um novo elemento entre os dois.

O roteiro é bastante clichê, mas há uma liga importante ao longo do filme, que envolve família, dinheiro e relacionamento conjugal, muito disso por conta da mãe falecida da personagem, e do relacionamento entre o casal, que acaba ficando em segundo plano, dado o envolvimento do marido com a obra.

A mesma paixão ardente desenvolvida pela atriz é o que acaba causando sérios problemas em sua vida. Some-se a isso um marido bobalhão e facilmente manipulado, até vi outras intenções por trás de sua personalidade, mas vou deixar que vocês tirem as suas próprias conclusões sobre isso, para que eu não acabe dando spoiler.

O desenvolvimento do filme é lento, o que não chega a ser um problema, mesmo que a duração do filme seja de apenas 100 minutos, mas temos graves problemas de produção e direção. Por exemplo, há um tapa, desferido por um personagem, que passa visivelmente a meio metro do rosto do outro, resultando em uma cena risível.

As intenções escusas do antagonista também são meio mirabolantes (isso é sarcasmo, ok?), já que ele precisa mover meio mundo para conseguir o que ele quer a partir de outros clientes.

Vou tirar alguns pontinhos também das atuações. Dentre os personagens principais, a única que se salva é a protagonista, a atriz Loes Haverkort, que consegue transmitir de forma eficaz seus momentos de emoção, dúvida e prazer. 

Quer comprometer ainda mais a experiência com o filme? Se sim, assista a versão em português! A dublagem está na capa do filme, anunciada pela Amazon Prime como se fosse um destaque, resulta em uma grande trapalhada (pra não dizer outra coisa) na dublagem. Explicando, o filme original é falado em 3 idiomas (holandês, inglês e francês), mas na versão em português, todas as falas foram traduzidas, o que compromete drasticamente no desenvolvimento do filme. 

Porém, nem tudo é desperdício de tempo neste filme, as cenas românticas são bem construídas, com destaque para uma cena na cozinha, onde Simone fica extremamente excitada ao se lembrar de seu último encontro. As cenas de animosidade dos franceses contra os holandeses também são interessantes, já que exibe os percalços da família no seu dia-a-dia, supermercado, escola dos filhos, restaurante e em sua vida social.

Tudo parece meio made-for-tv no filme, sabe aqueles filmes do canal Lifetime? Então. De qualquer forma, foi legal acompanhar uma produção holandesa que, honestamente, é um ainda mar a ser explorado por mim.