O Zelador

Título Original: The Super
Gênero: Suspense, Terror
Ano: 2017
Classificação: 5
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix

Ex-policial, Phil Lodge (Patrick John Flueger) consegue a vaga como zelador em um velho prédio situado em Nova Iorque, onde vai trabalhar e morar com as suas duas filhas. Subitamente coisas estranhas começam a acontecer, como o desaparecimento de alguns de seus moradores.

Ao começar a trabalhar no prédio, Phil conhece o enigmático Walter (Val Kilmer), um senhor que desperta suspeitas por sua aparência e pela sua excentricidade, já que ele parece mexer com o sobrenatural. Quando as coisas pioram, Phil resolve ir a fundo à investigação para garantir a proteção de suas filhas.

O visual sujo que vemos ao longo do filme acaba criando uma atmosfera sombria, que vai de encontro às pretensões da produção. Desde o visual de Walter, passando pelos elevadores velhos e as salas de manutenção desorganizadas, o jovem diretor alemão Stephan Rick parece apostar em ambientes pouco confortáveis para os espectadores, o que ajuda a criar um clima soturno.

O filme fica no meio termo entre uma boa história e algumas más escolhas que vão minando a classificação geral da obra. Decisões equivocadas e personagens que agregam pouco, caso de Beverly (Louisa Krause), crush do protagonista principal, mas que tem falas limitadas e atuação na mesma medida, são os pontos fracos de “O Zelador”.

A produção se sustenta inicialmente por conta do mistério por trás do desaparecimento das pessoas, depois caminha por uma sequência relativamente tediosa, onde pouca coisa interessante acontece. O filme ganha novo fôlego no seu último terço, em que há um interessante plot-twist, mas que não é aproveitado como deveria, pelo menos quando o filme segue para a sua conclusão.

Algumas questões são explicadas de maneira apenas superficial, e o filme parece uma verdadeira macarronada, se formos contar a quantidade de pontas soltas que são deixadas durante toda a produção.

Vale destacar que esta produção foi filmada no momento em que Val Kilmer se recuperava do tratamento contra o câncer, o que fez com que ele tivesse dificuldades na fala por conta de um inchaço na língua.

Muito embora o personagem de Kilmer seja questionável, o filme é uma boa oportunidade de vê-lo atuando antes do seu estado atual. Aqui ele consegue dar vida ao sinistro Walter, transformando o personagem em alguém realmente assustador.