O Quarto Secreto

Nome Original: Elizabeth Harvest
Gênero: Suspense/Ficção Cientifica
Ano: 2018
Classificação: 6
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix

Uma mulher recém-casada chega em uma linda e imensa mansão com seu marido, o brilhante cientista Henry (Ciarán Hinds). Ele apresenta a casa e todos os seus bens e explica a ela que tudo aquilo que está vendo à pertence agora, exceto um quarto, a proibindo de entrar naquele cômodo.

Neste suspense repleto de boas doses de terror, somos conduzidos a uma história com uma narrativa já vista em alguns filmes, mas com uma clara tentativa de propor uma ideia inovadora. O diretor venezuelano Sebastian Gutierrez faz a clássica mistura de poesia e violência com adequação de música clássica em cenas de terror. A trilha sonora e a fotografia chamam bastante atenção, mas o filme em determinado momento se embaralha na ordem cronológica dos acontecimentos e acaba ficando um pouco arrastado.

Conforme ressaltado, o bom trabalho realizado na trama peca por se arrastar demais na história e isso acontece exatamente quando o filme começa a querer explicar muito os acontecimentos contidos nele. Algo desnecessário, inclusive a ordem dos fatos como foi nos apresentada deixa a desejar, faltou um roteiro mais bem trabalhado. Apesar disso o filme reune atrativos interessantes, como a história bem no comecinho sendo narrada pela jovem Elizabeth (Abbey Lee) e nos dando algumas pistas importantes.

 A trilha sonora chama bastante atenção dando um bom clima de suspense para a decorrer da trama. O filme parece também se inspirar no cinema dos anos 60 com closes e cortes típicos desta época. Ah e não poderia deixar de citar a inspiração ou ao menos semelhança em alguns momentos com a ficção cientifica “Ex-Machina”.

O elenco reúne alguns bons nomes como o de Ciarán Hinds que carrega uma carreira extensa com trabalhos importantes, tendo inclusive participado de alguns episódios da premiada série Game of Thrones. Além do experiente ator, o elenco principal conta com Abbey Lee como protagonista e que recentemente esteve no filme “Tempo”, Carla Gugino e Dylan Baker.

Como dito o filme excede um pouco na quantidade de flashbakcs, comprometendo a nossa compreensão na ordem que os fatos são apresentados, isso acaba por impactar no ritmo envolvente criado no começo do longa, ficamos com a sensação de que poderiam ser limados ali facilmente ao menos uns 20 minutos. Mas com tudo isso o filme consegue ser ok e propor uma diversão agradável para o gênero proposto.