O Mistério do Farol

Título Original: The Vanishing
Gênero:  Suspense
Ano: 2020
Classificação: 7
País: Reino Unido
Plataforma: Netflix

Crítica

Já ouviram falar em dinheiro amaldiçoado? Nesta trama um grupo de três homens vai para uma pequena ilha a 20 milhas da costa da Escócia, com o nobre objetivo profissional de cuidar de um farol. A turma é composta por Thomas (Peter Mullan), um homem já bastante experiente, James (Gerard Butler) e Donald (Connor Swindells), o mais moço de todos. Eles vão se entrosando com o tempo, aprendendo o serviço e dividindo as tarefas, sempre sob o comando de Thomas.

Um dia, eles encontram um náufrago estirado sobre as pedras, com um pequeno barco e um baú. Achando que o homem estava morto, eles pegam o baú, mas o jovem Donald precisa lutar pela sua vida quando o náufrago acorda. De posse do baú, eles passam a lutar contra a curiosidade em abrir o baú e, contra as ordens de Thomas, acabam abrindo a urna e descobrindo um valioso tesouro dentro dele. Essa descoberta será o fio condutor de tudo o que acontece na sequência.

Baseado em casos reais, o filme aborda um enredo repleto de suspense e drama, pois leva o espectador a querer saber qual será o próximo ato da história, principalmente por disponibilizar as personalidades e os dramas pessoais de cada um dos três personagens principais do filme.

O primeiro terço do filme é todo destinado a mostrar a ambientação deles na ilha, além de devagarzinho ir abordando a vida de cada um fora da ilha, por esse motivo o início do filme é bem parado, com sequências que mostram quase sempre eles acordando, trabalhando, comendo, e se preparando para fazer a mesma coisa no dia seguinte. Isso pode entediar alguns a princípio, mas vale suportar esse primeiro ato.

No segundo terço o filme entra em outro espiral, que envolve os personagens e as consequências de seus atos ao abrirem o baú. Por fim, no último terço, o filme se transforma em um drama psicologicamente pesado e de consequências trágicas.

Embora haja problemas no decorrer do filme, principalmente em alguns cortes abruptos, trata-se de uma bela obra, com boas atuações de Peter Mullan e Connor Swindells, além de boa fotografia, mas que poderia ter sido melhor explorada pelo diretor Kristoffer Nyholm.

O final possivelmente vai incomodar muitos, mas no geral vale a assistida e, se for difícil encarar os primeiros 20 minutos, seja forte e prossiga, pois este é o tipo de filme que, no mínimo vai te fazer refletir muito sobre as atitudes dos personagens ao longo da trama.