Na Mira do Perigo

Ano: 2021
Gênero: Ação, Drama
Classificação: 4
País: Estados Unidos
Plataforma: Telecine

Ah Liam Neeson por que você embarcou nessa? O filme “Na Mira do Perigo” é um dos mais recentes trabalhos de Liam que, novamente, segue a linha do “é melhor não você não mexer com os meus!”. Aqui, Neeson precisa proteger um menino de um cartel mexicano que tenta a captura-lo a qualquer custo.

Na trama, Jim (Liam) é um fazendeiro que vive em dificuldades financeiras por conta dos gastos excessivos que teve com o tratamento da doença de sua esposa. Mesmo com todos os seus esforços, a sua esposa acaba morrendo e Jim segue a sua vida solitária, em companhia de seu cachorro e de suas dívidas.

Subitamente Jim se depara com uma mãe e seu filho tentando fugir do cartel mexicano atravessando a fronteira entre Estados Unidos e México, logicamente o protagonista compra a briga e aceita a missão dada pela mãe do menino de levá-lo em segurança até Chicago.

Como você pode ver o roteiro parece ok, certo? Mas não se engane, pois a condução do filme é ruim e a produção também deixa a desejar. O filme é longo, vagaroso e tenta emplacar, sem sucesso, momentos de ternura entre Jim e o menino Miguel, mas falha nesse quesito. Há planos de imagem claramente dedicados a esse objetivo, mas que acabam forçando a barra terrivelmente.

Jim também tem uma filha, que é a policial Sarah (Katheryn Winnick), uma personagem totalmente nula, o que é um grande desperdício de atriz. A única função de sua filha é tentar demover o seu pai da missão suicida de salvamento do menino. Para quem não ligou o nome à pessoa, a Katheryn ficou conhecida pelo papel de Largheta na série Vikings.

Ao longo do filme há uma perseguição em marcha lenta que se arrasta por toda a produção, onde os bandidos do Cartel mexicano seguem em busca do menino e de uma vingança por algo que ocorre logo no início de “Na Mira do Perigo”.

Com lutas ruins, diálogos vazios e ideias absurdas, como a de queimar dinheiro mesmo precisando muito dele, o filme entrega muito pouco, e nem mesmo a boa interpretação de Liam Neeson consegue salvar a produção. Para não dizer que não há nada de atrativo, gostei das cenas de tiros, elas são boas, e a precisão do personagem principal se dá pelo fato de ele ser um ex-combatente que lutou no Vietnã.

O filme acaba, e fica a pergunta: vale a pena encarar? Sinceramente penso que não, tudo parece letárgico no filme, a começar pelo próprio nome em português, vai ser genérico assim longe! Mas se você é como eu, que faz questão de assistir filmes, mesmo quando a crítica mete o pau, boa sorte!