Impostores

Título Original: Teesklejad
Gênero: Suspense
Ano: 2016
Classificação: 3
País: Estônia
Plataforma: Amazon Prime

Crítica

Um casal se hospeda em uma linda casa afastada de tudo e desfruta de tudo que há do bom e do melhor, e tudo isso funciona apenas como um engodo para a situação que eles estão vivendo enquanto casal, já que aparentemente eles apenas se suportam e estão juntos por comodismo.

Os dias se passam entre o luxo da casa e o tédio, mas tudo muda quando eles socorrem um casal de mochileiros, cuja mulher se machuca em uma das pedras na praia. Com pena do casal, dada a tempestade que começa a cair, Anna (Mirtel Pohla) os convida para se hospedar na casa até o dia seguinte. Aparentemente a esposa parece muito mais feliz com a presença do casal, enquanto Juhan (Priit Võigemast), o marido, não fica nada satisfeito por conta da decisão ser tomada sem o consentimento dele.

O casal então finge serem os abastados donos da mansão à beira-mar, daí o nome do filme. Diante do novo cenário, Anna se aproxima de Erik (Meelis Rämmeld) o que provoca ciúmes em Juhan, e a coisa fica ainda mais complicada quando Anna convida o casal para se hospedar na casa ainda por mais tempo. A coisa ainda piora quando Anna admite que é terrível ficar sozinha com o marido.

Este filme está há meses pululando na tela de opções do catálogo da Amazon Prime, e devido à sinopse interessante e a curiosidade pelo país de origem, a Estônia, resolvi assistir. E realmente o filme é curioso, com uma abordagem de tela bem diferente do que estamos acostumados.

Em primeiro lugar há planos longos concentrados nos rostos dos personagens ou em paisagens, sem que necessariamente esses planos tenham influência no enredo. Isso é curioso, pois o diretor Vallo Toomla chega a perder algum tempo do filme com essa peculiar estratégia. Depois, há uma economia absurda nos diálogos, o que força o espectador a se envolver no semblante e na linguagem corporal dos atores.

Em um dado momento da história, o ciúme e a imaginação do casal anfitrião acabam gerando um terrível desdobramento, o que vai fazer com que eles precisem reunir forças e se defender para que possam sair vivos da situação em que se meteram.

O filme tinha tudo para merecer uma classificação melhor, mas o roteiro é vazio demais. Há personagens que aparecem sem dizer a que vieram e, durante muito tempo da película, nada de interessante acontece. Como se não bastasse, o filme acaba de maneira abrupta, sem o menor sentido, fazendo o espectador se lamentar pelos mais de 100 minutos investidos ao longo do filme.

De qualquer forma, ao menos para mim, valeu pela curiosidade e pelo olhar das câmeras estonianas que, pelo menos nesta produção, são bem diferentes do que estamos acostumados a assistir.