Hypnotic

Título Original: Hypnotic
Gênero: Suspense, Terror Psicológico
Ano: 2021
Classificação: 6
País: Estados Unidos
Plataforma: Netflix

Incentivada por sua melhor amiga, Jenn (Kate Singel) procura a ajuda de um renomado hipnoterapeuta (Jason O’mara), pois sua vida segue estagnada após o fim de um relacionamento que deixou sequelas afetivas. Após algumas consultas ela começa a desconfiar de quais são as reais intensões do Doutor Collin.

Com uma proposta simples e curiosa “Hypnotic” consegue entregar o que propõe ao abordar um tema pouco explorado no mundo do cinema. O novo suspense da Netflix traz algumas carinhas conhecidas de séries, principalmente a de Kate Singel que estrela o recente sucesso da Netflix “Missa da Meia Noite”, além de Dule Hill que fez inúmeros seriados entre eles “Psych” e “Suits”. Com apenas 90 minutos de duração o filme tem um ritmo bem dinâmico, o que acaba por dificultar o desenvolvimento de alguns personagens que são importantes para história.

O filme anda sobre uma linha tênue para critica em relação a alguns acontecimentos clichês em filmes do gênero, mas o que de mal tem nisso? Com tantos filmes, fatalmente um acontecimento ou outro poderá parecer óbvio. Mas o longa até que consegue surpreender e prender bastante a atenção. Há filmes que parecem querer proporcionar uma diversão momentânea, com uma boa história, bons personagens e um final com uma boa pitada de ação e “plot twist” e “Hypnotic” se encaixa nesse perfil.

Claramente o baixo custo, faz com que o filme não consiga atingir todo seu potencial como por exemplo o premiado “Corra”, que marcou a memória de quase todos que assistiram e que também navega pelos mares da hipnose. Para que esse filme conseguisse ir a um patamar mais alto precisava de algo mais impactante e mais profundo, trabalhar um pouco melhor os momentos em que a Jenn se encontra em estado hipnótico. Faltou impactar o telespectador com o poder que o Dr. Collin tem em suas mãos.

Um mérito da dupla de diretores e roteiristas Suzanne Coote e Matt Angel é traçar um paralelo importante sobre a hipnose e o relacionamento abusivo e como é difícil a mulher se libertar de um homem controlador. Quando o filme começa a dar informações sobre o que motiva as ações do Hipnoterapeuta ele te passa essa mensagem embutida. O Dr. Collins é um ótimo vilão, muito bem representado pelo já citado Jason O’mara. Calma, isso não é um spoiler, com a pouca minutagem o filme não esconde essas importantes informações.

Conforme ressaltado o filme tem boas sequências de tensão, mas de acordo com o bom roteiro apresentado, esperava-se um pouco mais, algo que pudesse realmente deixar sua marca. Ainda assim “Hypnotic” conta com um bom elenco e poderá proporcionar bons momentos de diversão na frente da telinha.