Drive

Título Original: Drive
Gênero: Ação
Ano: 2011
Classificação: 9
País: Estados Unidos
Plataforma: Amazon Prime, GloboPlay

Ryan Gosling interpreta um habilidoso motorista e mecânico que usa seu talento das pistas para ser dublê de acidentes de carro em filmes de Hollywood, porém nas noites de Los Angeles seu serviço é dirigir para a máfia local. Ao se solidarizar com a vizinha Irene (Carey Mulligan) e seu filho, ele acaba envolvido emocionalmente. A volta do marido dela após deixar a prisão coloca a vida deles em risco.

Com um meticuloso código de conduta pessoal “O Motorista” é um homem sem nome e com um passado bem misterioso. Vivendo de forma solitária ele tem como o seu único amigo Shannon (Bryan Cranston) que o acolheu em sua oficina quando ele apareceu procurando emprego e abrigo na cidade. Drive é um filme com uma proposta simples, mas contado de forma deslumbrante, com uma bela mescla de romance platônico e sequências de ação, além da excelente trilha sonora e incrível fotografia.

O filme é dirigido pelo criativo diretor e roteirista dinamarquês Nicolas Winding que é reconhecido por trabalhar com orçamentos baixos, acreditando que assim consegue transparecer mais realismo para as suas obras. Bem, em “Driver” ele teve um orçamento superior ao costumeiro e soube aproveitar muito bem, como dito o filme chama atenção por uma fotografia exuberante e um elenco com figuras de Hollywood como o astro Ryan Gosling e Bryan Cranston que na época do lançamento do filme já era reconhecido por seu fabuloso personagem “Walter White” na série Breaking Bad.

“O Motorista” é um personagem que ganha nossa admiração, graças as longas sequências em que estamos a bordo do carro junto com ele, enquanto somos apresentados a toda sua inteligência e habilidade para realizar seus serviços como “chofer de assalto”. Sua perspicácia é cativante e nos leva a um alto patamar de desespero silencioso de tirar o fôlego, mesmo sem que ele transpareça tanto suas emoções. Quando caímos na real já estamos completamente envolvidos com ele, seja por seu estilo peculiar ou mesmo por uma simples curiosidade sobre seu passado, sobre o porquê de ele ser solitário e porque ser tão solidário. Em meio a tantos porquês, também fica a pergunta de o porquê ele ser tão fiel a Shannon o dono da oficina em que ele trabalha, já que aparentemente ele teria condições de seguir sozinho. Todas essas questões também ajudam a nos envolver como nosso personagem principal.

Enfim “Driver” nos leva a um filme de ação diferenciado, onde não temos cenas de perseguição a todo tempo, brutalidade e violência gratuita. Em uma linha que bastante admiro a obra mostra com sutileza a violência e tem como antagonistas a máfia que não é apresentada dessa forma logo de cara, mas deixa claro o quão sombrio é o mundo que os envolve, seus interesses vãos de encontro com nosso personagem principal. Uma proposta diferenciada que deu certo. Ah e se prepare para desejar aquela emblemática jaqueta vestida por nosso “herói”.