A Guerra do Amanhã

Ano: 2021
Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica
Classificação: 8
País: Estados Unidos
Plataforma: Amazon Prime

Não é de hoje que Chris Pratt vem sendo escalado para produções calcadas em aventura e ficção científica, e olha que estamos falando de franquias que são verdadeiros blockbusters, casos de Jurassic Park e de todo o universo do Marvel, onde ele é o líder dos Guardiões da Galáxia. 

Em A Guerra do Amanhã, Pratt, que vive o Professor e ex-militar Dan Forester, foi novamente colocado como mocinho, certamente um nome acertado para uma produção bastante ambiciosa da Amazon Prime.

“A Guerra do Amanhã” retrata um futuro apocalíptico não muito distante, em que o planeta terra vem perdendo uma guerra contra alienígenas que estão literalmente devorando a humanidade. A saída encontrada pelos homens do futuro está no passado, ou seja, voltar no tempo no sentido de alertar a população do mal que está por vir, bem como recrutar soldados kamikazes para enfrentar os bichos lá no futuro.

Como verdadeiro blockbuster com intenção única de divertir, o filme não se preocupa muito com o paradoxo da viagem no tempo, bastante explorado em várias produções recentes, tampouco se arrisca a justificar de forma séria a escolha dos soldados que são recrutados e enviados, sem qualquer treinamento, ao ano de 2051 para combater os monstros.

Com 2 horas e 20 minutos, o filme oferece ao telespectador uma trama que envolve, além de tudo, questões familiares e reflexões sobre a nossa mortalidade, o que eleva a produção a outro patamar, que não apenas o de ação e aventura, embora muitos poderão acusar tal direcionamento como algo clichê.

Com cenas que se passam no presente e no futuro, “A Guerra do Amanhã” consegue prender a nossa atenção o tempo todo, fazendo com que, junto com os personagens, busquemos soluções contra a dizimação da população terrestre. Tá bom, não é difícil encontrarmos a solução para todo o problema antes deles, confesso.

Tecnicamente o filme também manda bem, os efeitos especiais e a caracterização dos alienígenas é boa, assim como as cenas de confronto entre as raças conferem pontos a favor para o filme. As cenas na geleira e em uma Miami destruída também somam pontos à classificação final do filme..

Claro que nem tudo é perfeito ao longo da película. Considerando que o filme se passa quase 30 anos no futuro, acho que as armas mostradas evoluíram pouco, e são bem fraquinhas, ajudando minimamente na missão. Sem dar spoilers, também achei pouco crível que alguém consiga invadir o espaço aéreo Russo, provocar explosões e tocar o maior rebu por lá, sem ao menos ser notado por eles.

Sobre os outros atores, J.K. Simons interpreta James o pai do Dan e, como sempre, está ótimo, desempenhando um papel interessante no filme, pena não ter tido mais tempo de tela. Destaque também para o ator Sam Richardson, que interpreta Charlie, responsável pelo alívio cômico do filme.

A última meia hora do filme também é outro ponto a favor desta produção, pois é cercada de suspense e tensão, seguido logo depois por muita ação, dando inclusive tempo suficientemente bom à conclusão da trama.

No fim das contas, “Guerra no Amanhã” é um pipoca parrudo, e se a intenção era a de divertir, o filme cumpre perfeitamente o seu objetivo.